E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos,
mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. Efésios 6:4
Há alguns
dias assisti a uma reportagem em nosso jornal local sobre uma escola no
interior do Rio Grande do Sul que começou o ano letivo com uma surpresa: havia
turmas separadas de meninos e meninas. A diretora decidiu adotar essa medida
para tentar melhorar a qualidade das aulas, já que elas eram tumultuadas. Havia
competição e desentendimento entre os adolescentes. A medida deu certo e
agradou aos professores, pais e principalmente aos jovens. A convivência entre
eles continua, mas ficou restrita à entrada, saída e intervalos para o lanche.
O rendimento escolar melhorou consideravelmente.
Mas como
agora virou moda consultar “especialistas” para opinar sobre novidades, ouviram
o parecer de uma psicóloga que não arriscou abertamente posição contrária ou
favorável (nem precisava!), mas ressaltou alguns pontos:
- Aquilo
significava um retrocesso para a educação, já que medidas semelhantes há muito
foram abolidas (mesmo tendo bons resultados!);
- Os
adolescentes precisavam conviver juntos para respeitar suas diferenças (mesmo
que isso signifique prejudicar seu próprio aprendizado!);
- Os
alunos não foram consultados quanto à implantação da novidade (o que é isto?!).
São
opiniões iguais a estas que formam hoje pais patéticos e filhos histéricos e
tiranos! Crianças precisam ser ouvidas, compreendidas, nunca obedecidas! Deus
estabeleceu uma hierarquia desde a criação do mundo e ordena que a obedeçamos
para que sejamos abençoados: filhos obedecem a seus pais e todos obedecem ao
Pai maior, criador de tudo, que nos deixou um manual perfeito (a Bíblia) nos
ensinando a educar nossos filhos e a nós mesmos. Mas se nós, pais, não
refletimos Deus no nosso dia-a-dia, como exemplar os pequenos? Muitas crianças
acham que Jesus é um personagem de ficção como os dos seus jogos de computador
e Deus é o “Papai do céu” que está muito longe de nós. Como teremos crianças e
adolescentes servindo a Deus se somos pais que servimos ao mundo? As atitudes
da maioria das crianças e jovens de hoje denotam uma falta enorme de limites e
bons exemplos em suas vidas. Egoístas, chantagistas, tendo seu umbigo como o
centro do mundo e desconhecendo a palavra “respeito”.
Como está
minha relação com Deus? Será que O conheço realmente a ponto de poder falar
dEle ao meu filho? Será que conseguirei explicar a importância de tê-Lo em
minha vida para que meu filho não se transforme em um adulto extremamente
egoísta e materialista que acha que tudo o que conquistou foi por si mesmo e
que pessoas são instrumentos usados para se obter algo que os favoreça? Será que
minhas atitudes demonstram respeito e obediência a Deus para que eu cobre o
mesmo dele com relação a mim? Precisamos lembrar que ter honestidade e caráter
não é nada mais do que nossa obrigação, a diferença está na obediência e
respeito ao verdadeiro provedor de tudo o que temos, inclusive de nossos
filhos, que Ele nos deu para que os educássemos e criássemos de acordo com Seus
mandamentos e isso nos será cobrado. Mesmo aos que, como eu, já criaram seus
filhos ou aos que não os têm, também cabe a responsabilidade de alertar a pais
desobedientes para que não sejamos responsáveis por suas almas e para que
possamos tornar este mundo carente de Deus um pouco mais suportável.
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